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Maio Roxo alerta população sobre doenças inflamatórias intestinais
17 maio 2019 • admin
Pouca gente sabe, mas 19 de maio é o Dia Mundial da Doença Inflamatória Intestinal. A data faz parte da campanha Maio Roxo, cujo objetivo é alertar sobre as doenças inflamatórias intestinais (DII), promover maior conscientização sobre o tema e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
As principais doenças inflamatórias do intestino são a doença de Crohn e a retocolite ulcerativa. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Coloproctologia, essas doenças atingem 13,25 em cada 100 mil brasileiros, sendo 53,83% de doença de Crohn e 46,16% de retocolite.
De acordo com o Prof. Dr. Bruno Zilberstein, proctologista da Gastromed Instituto Zilberstein, os sintomas das DII são muito semelhantes. “Ambas se caracterizam por quadros diarreicos acompanhados de catarro e sangue nas fezes e cólicas abdominais. Apenas pelo quadro clínico não se pode fazer o diagnóstico diferencial. Na moléstia de Crohn podem ocorrer fístulas na região do ânus, o que não ocorre na retocolite”, explica.
As DII não têm cura e a origem não está totalmente definida, mas estima-se que estejam relacionadas com o consumo excessivo de comidas gordurosas, produtos industrializados e fatores hereditários e imunológicos.
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO
A doença de Crohn pode afetar qualquer área do tubo digestivo (da boca até o ânus). Já a retocolite ulcerativa é uma inflamação na mucosa intestino grosso. O diagnóstico é feito por meio da colonoscopia com biópsia, porém outros exames podem ser realizados para identificar as doenças.
O tratamento das DII é semelhante e inclui desde medicamentos até cirurgias. “Em grande parte dos casos, o tratamento é clínico, sem necessidade de cirurgia. Por outro lado, cerca de 10 a 15% necessitam de alguma operação, que vai desde a remoção de um pólipo até a retirada total do intestino grosso”, diz Dr. Bruno.
As doenças inflamatórias intestinais acometem tanto homens quanto mulheres. Ao identificar algum dos sintomas, é importante buscar atendimento o quanto antes. “O diagnóstico tardio prejudica a recuperação total do paciente. Além disso, se não tratadas e acompanhadas adequadamente, as DII podem evoluir para o câncer colorretal e até à necessidade de retirada total do intestino grosso e reto”, alerta o médico.