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Gripe ou Covid-19?

11 jan 2022 • Thalita Azevedo

Como era esperado, após as festas de final de ano, em decorrência das aglomerações e do relaxamento no uso de máscaras, a incidência de doenças respiratórias aumentou de forma muito expressiva.

Dentre as várias doenças respiratórias que atingem nossa população, as duas mais frequentes nesse momento são a Covid e a Gripe.

A Covid com sua nova variante Ômicron e a Gripe também com sua nova variante H3N2.

Os sintomas entre elas são muito semelhantes, essa nova variante da Covid causa sintomas mais restritos às vias aéreas superiores, ou seja, da garganta para cima. Raramente acomete o pulmão, causando sintomas de tosse, dor de garganta, congestão nasal, febre baixa, dores de cabeça e no corpo, com duração entre 2 a 3 dias. Raramente causa problemas mais significativos, principalmente para quem tem a vacinação completa (tem-se observado que apenas idosos e pacientes com doenças crônicas apresentam alguma complicação mais severa, mesmo que vacinados, mas muito raramente exige internação em UTI ou levam à morte).

Os sintomas da Gripe e da Covid são muito semelhantes. Então, como diferenciar uma da outra? A resposta é fazer o exame de uma delas ou das duas. Mas saber qual é a infecção tem importância?

O diagnóstico laboratorial tem importância epidemiológica, porém, clinicamente tem pouca importância, principalmente para aqueles com sintomas leves e passageiros (que correspondem à grande maioria dos casos), pois o tratamento e os cuidados gerais são os mesmos para as duas infecções. O isolamento do doente também deve ser adotado para ambas.

Temos observado as unidades de saúde lotadas para atendimento presencial. Os laboratórios com filas para fazer o teste e farmácias já sem testes disponíveis. A aglomeração em unidades de saúde e laboratórios, com espera de até 3 horas, proporciona ainda mais a disseminação das duas doenças, sem contar que as outras formas mais graves de Covid e outras formas de Gripe continuam no nosso ambiente, disseminando e infectando.

Se tiver sintomas leves ou leves para moderados e não houver necessidade de exercer atividades presenciais ou encontros inadiáveis, então, nesse momento de alto nível de infecção, deve-se ficar em casa, com trabalho remoto, desde que esteja clinicamente bem, independentemente se for Covid ou Gripe.

Recomenda-se que nessa condição, não procurem unidades de saúde ou laboratórios, podendo retornar ao normal depois de 10 dias.

Procure uma unidade de saúde somente se os sintomas se agravarem, principalmente se apresentar dificuldade respiratória.

Se a definição do período de isolamento é importante para retorno ao trabalho presencial, então a testagem é necessária, pois no caso de Covid o isolamento pode ser de 7 dias para aqueles cuja testagem coletada nesse sétimo dia de sintoma, for negativa.

Para a Gripe o isolamento deve ser em torno de 3 dias.

Dois tipos de pacientes devem ficar mais alertas pois são considerados de maior risco:

– Idosos acima de 80 anos ou com comorbidades com qualquer idade;

– Crianças com menos de 1 ano de vida ou com comorbidades com qualquer idade.

Nesses dois casos deve-se ficar atendo com os sintomas. Qualquer dificuldade respiratória, prostração e sintomas persistentes, deve-se procurar um serviço de saúde.

Não esqueça que, quanto mais o vírus circula entre as pessoas, seja da Gripe ou da Covid, maior a chance desses vírus sofrerem mutações e criarem novas variantes.

A única arma eficiente é a vacinação das duas doenças, uso de máscaras e evitar aglomerações desnecessárias. Se você ainda não tomou as vacinas ou se não completou as duas doses da Covid, faça isso com urgência. As vacinas não protegem da infecção e sim da doença grave e evita as internações e a morte.

Os canais de atendimento para urgência e emergência da Amafresp são:

Lembramos que em virtude do grande volume de chamadas, o tempo de atendimento pode ser alto.