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Endometriose: doença silenciosa que afeta 10% das mulheres brasileiras
31 mar 2025 • fabieli soares

Boa parte das mulheres sentem dor no período menstrual, mas não imaginam que isso pode indicar algo mais sério, como a endometriose. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Endometriose e Cirurgia Minimamente Invasiva, a enfermidade afeta 10% das mulheres brasileiras e pode causar dores intensas além de infertilidade.
A endometriose é uma condição na qual o tecido que normalmente cresce dentro do útero começa a crescer fora dele, afetando órgãos, como ovários, Trompas de Falópio e outras partes do corpo feminino. Segundo especialistas, o problema pode começar desde cedo, do momento da primeira menstruação até a menopausa, explica o médico.
A rotina de uma mulher com a condição pode ser bastante difícil, já que os sintomas passam por fortes cólicas e intensas dores abdominais recorrentes, dificultando atividades, como trabalhar, estudar e praticar exercícios físicos – inclusive afetando a saúde mental.
A falta de diagnóstico precoce e de tratamento adequado torna a vida ainda mais desafiadora para as pacientes. Porém, é importante que as mulheres entendam que sentir dor não é normal e busquem ajuda quanto antes com um profissional para que possam efetuar o diagnóstico e iniciar o tratamento adequado.
Sintomas, diagnóstico e tratamento
Os sintomas da endometriose variam conforme a gravidade e a extensão das lesões. Os mais comuns incluem dor pélvica, cólicas menstruais intensas, dor durante as relações sexuais, sangramento menstrual irregular e dor ao urinar ou evacuar. Algumas mulheres também podem apresentar fadiga, náuseas e diarreia durante o período menstrual.
Como os incômodos podem ser confundidos com os do período menstrual, é essencial que a paciente relate todos os sintomas e desconfortos ao profissional, para que ele possa fazer uma avaliação detalhada e indicar os exames necessários para o diagnóstico preciso.
Boa alimentação e prática regular de atividade física são aliados no tratamento?
Sim, mas na maior parte das vezes, o tratamento clínico envolve o uso de medicamentos, seja para aliviar as dores e reduzir a inflamação, seja com terapia hormonal para controlar os sintomas, podendo ser complementado com acompanhamento nutricional, evitando alimentos inflamatórios (como açúcar, farinha branca e carne vermelha, que potencializam a dor), além de orientar a prática de atividade física (que produz endorfina e leva a uma melhora dos sintomas).