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Campanha Setembro Verde: a importância da doação de órgãos para salvar vidas

14 set 2020 • Thalita Azevedo

Ato de amor ao próximo e que pode salvar vidas, a doação de órgãos é para muitos que aguardam na fila de espera a única chance de recomeço. E, para chamar a atenção de todos para essa causa, é realizado no nono mês do ano a campanha “Setembro Verde”, que tem como mote a conscientização e esclarecimento do público geral acerca do tema.

Dados consolidados do Ministério da Saúde apontam que 27.688 transplantes de órgãos foram realizados no Brasil em 2019. Segundo a pasta, o procedimento consiste na reposição de um órgão (coração, fígado, pâncreas, pulmão, rim) ou tecido (medula óssea, ossos, córneas) de uma pessoa doente (receptor) por outro órgão ou tecido normal de um doador, que pode ser vivo (pessoa que concorde com a doação de um dos rins, parte do fígado, da medula óssea ou do pulmão, e que não tenha sua saúde prejudicada) ou falecido (diagnosticado com morte encefálica irreversível).

Queda de doadores de medula óssea por conta da pandemia

Em 2020, o Registro de Doadores de Medula Óssea no Brasil (Redome) registrou queda de 30% no número de doações entre os meses de janeiro e julho em comparação com o ano anterior.

Segundo o ministério, a pandemia de Covid-19 foi a principal responsável pela redução nos índices de doações de órgãos no Brasil e no mundo, haja visto que quase todas as atenções se voltaram para o tratamento e recuperação de pacientes com o novo coronavírus.

No entanto, mesmo em meio à pandemia, as doações e transplantes não foram interrompidas por completo e vidas continuam sendo salvas por conta de atos de amor de doadores vivos e famílias que perderam algum ente próximo.

Como ser doador de medula?

– Ter entre 18 e 55 anos;

– Bom estado de saúde;

– Não ter doença infecciosa ou incapacitante, câncer, doenças no sangue ou do sistema imunológico.

Como receber a doação?

Para receber a doação é preciso fazer inscrição e entrar em uma fila no Registro de Receptores de Medula Óssea (Rereme) do Instituto Nacional do Câncer (Inca), com autorização de médico avalizado pelo Ministério da Saúde. Assim que o paciente entra no Rereme, ocorre a primeira tentativa de encontrar um doador. A partir disso, o próprio sistema refaz a busca todos os dias e um resultado preliminar aponta uma lista de possíveis doadores compatíveis.

A busca também é feita na Rede BrasilCord, que contém os dados de cordões umbilicais armazenados nos Bancos Públicos de Sangue de Cordão Umbilical e Placentário. Caso não seja encontrado um doador brasileiro, a equipe de registro faz a busca internacional simultaneamente.

Os critérios de prioridade na lista são definidos de acordo com compatibilidade, gravidade, idade, tempo de espera, disponibilidade de doadores e disponibilidade de leitos. Para que seja feito um transplante de medula é necessário a total compatibilidade entre doador e receptor, informou o Ministério da Saúde.

Fonte: Agência Brasil